Letra de Dezembros
Fagner
Nunca mais a natureza da manhã
e a beleza no artifício da cidade
num edifício sem janela
desenhei os olhos dela
entre vestígios de bala
e a luz da televisão
Os meus olhos têm a fome
do horizonte
sua face é um espelho
sem promessa
por dezembros atravesso
oceanos e desertos
vendo a morte assim tão perto
minha vida em suas mãos
O trem se vai
na noite sem estrelas
e o dia vem
nem eu nem trem nem ela
e a beleza no artifício da cidade
num edifício sem janela
desenhei os olhos dela
entre vestígios de bala
e a luz da televisão
Os meus olhos têm a fome
do horizonte
sua face é um espelho
sem promessa
oceanos e desertos
vendo a morte assim tão perto
minha vida em suas mãos
O trem se vai
na noite sem estrelas
e o dia vem
nem eu nem trem nem ela
Letra de Dezembros de Fagner
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