Das margens poluídas da av. brasil

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Letra de Das margens poluídas da av. brasil

Ulisses Submerso

Nasceu já um fracassado
Filho de um trabalhador
Da janela não se vê o corcovado nem o redentor

Enquanto do outro lado
Sucedem-se no poder
Ocupando altos cargos pra explorar você

Quando cai a noite no céu
Dessa terra segregada
Há uma constelação
De estrelas apagadas
Porque cada uma delas
Teve sua chance roubada
E foi impedida de brilhar

De brilhar
De brilhar
De brilhar

Todo o seu potencial
Todo o seu potencial
Morreu nas mãos de seu legado marginal
Todo o seu potencial

A garota de ipanema
Nem olha na sua cara
Você pega o rio de asfalto todo dia pra voltar pra casa O rio é poluído
Não há peixe por aqui
Ninguém passa em exame de “qi”

Trabalhando para comer
Comendo pra trabalhar
Eles te mantêm de pé
Mas sem poder prosperar
Você é a mão de obra mais barata
Pra engrenagem funcionar

Funcionar
Funcionar
Funcionar

Letra de Das Margens Poluídas da Av. Brasil de Ulisses Submerso

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